Coletivo Enecos Bahia

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Bjikins e saudações

domingo, 31 de maio de 2009

D-E-M-O-C-R-A-C-I-A

O acúmulo de informações por determinado grupo ou setor social pode até levar os membros desse grupo a concluir que devem exercer um maior poder de decisão acerca das questões sociais e políticas que envolvem o meio do qual fazem parte.
Pode levá-los, inclusive, à idéia que qualquer posicionamento exercido pelos outros ( os não componentes do grupo) pode enveredar a alienação. No referido caso, votar ou não votar, a depender de qual posição seja tomada, será interpretado pelos “possuidores do saber” como uma atitude alienada desde quando a posição for divergente do grupo “iluminado”.

“Sem sombra de dúvida”?, “Somos um país democrático”? graças a “nossa participação” continua sendo o que é. Os milhões de excluídos desse país e só pra ilustrar; as mães que tiveram os filhos executados inocentemente pelas forças de segurança do Estado nos últimos 20 anos pós ditadura; trabalhadores rurais do Nordeste,; população indígena e os variados movimentos populares; sem sombra ou sobra de dúvida tem muito a dizer sobre isso. Mas vivemos numa D-E-M-O-C-R-A-C-I-A que, embora interpretado de forma variada, não é um termo vago; etimologicamente significa governo (cracia*) do povo (demo*), mas que na prática da realidade brasileira está muito longe do ideal. Sabemos que a diversidade de pensamento ainda está pautada pela lógica do sistema capitalista, que é a lógica da competição e do individualismo e a vontade da maioria depende da correlação de forças divergentes na minoria, que de alguma forma já exerce o poder seja político ou econômico. É preciso subverter a lógica competitiva do sistema para pousar em outra lógica para além da que a macro estrutura impõe.

Embora o voto possa ser uma arma importante, e é circunstancialmente, para não morrer na lógica da democracia burguesa que mais nos serve de engabelação; é a ação direta e a mobilização constante em defesa dos direitos adquiridos e a ampliação destes na busca permanente por uma sociedade mais justa em defesa pelo bem comum. De fato o que garante a possibilidade da realização de uma sociedade onde dignidade e respeito não sejam meros discursos pré-eleitorais na boca de quem pensa que votar e se votado é tudo na vida e o suficiente para resolver a problemática social, quando na realidade deveríamos todos ,o tempo inteiro, está atuando em defesa dos interesses comuns ao invés de ficar esperando ser votado para atuar no campo da luta cotidiana.

É preciso sim, prestar atenção nos discursos e, sobretudo, realizar uma análise destes pautados na prática de quem os realiza para fins de comparação, até porque quem tem boca fala o que quer.

Por isso colegas (inclusive os do primeiro semestre) gostaria de frisar nesse importante debate sobre a democracia que, em seu processo de desenvolvimento histórico, a democracia representativa aponta alguns avanços no exercício democrático mas também inúmeras falhas que abrem brechas para que o privilégio, a corrupção e a irresponsabilidade se instalem. Avançar sempre no processo do exercício democrático, é avançar para a democracia participativa rumo a democracia direta, onde todos terão condições materiais de representarem sua posições livres dos processos eleitorais e eleitoreiros onde reinam a picuinha, o partidarismo, os conchavos, a falsidade, onde quase tudo é aparência para fins escusos.

A verdadeira democracia ainda é algo a ser conquistado, essa democracia que está aí, infelizmente, está infestada de vícios. Há quem pense que é democrático fazer festas com dinheiro público para promover a popularidade de grupos específicos ( a politicagem profissional sempre fez isso); há quem pense que democracia é somente votar e ser votado; há quem pense que a democracia é um jogo de sedução, penso eu entretanto que a democracia é o exercício cotidiano da libertação social, política e econômica pelo fim de todas as opressões de todos os privilégios.
Saudações do front.


* tradução do grego

pOR maRCO grITO.

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Diante de uma questão levantada pelo Diretor do DCH I antes da impressão da primeira edição do Matutaí de que seria preciso “ver” o jornal a fim de saber se estaria dentro da ”Cultura da UNEB”, lançamos a enquete:O “Matutaí” corresponde a cultura na UNEB?